Paulo Amaro constrói sua personalidade com esparadrapos, no Instagram

Em junho do ano passado, o Cherryouth apresentou o trabalho de um artista lá de Brasília. Paulo Amaro tem 25 anos e ficou conhecido por trazer as linhas e suas curvas em projetos. Seu primeiro contato com a arte foi aos quatro anos, quando desenhou um soldado urinando, em comemoração ao Dia da Independência do Brasil.

photoHoje, Amaro dá aulas no Instituto de Artes, em Brasília: “A música é algo presente durante as minhas produções. Muitas vezes ela é apenas uma acompanhante/fonte de inspiração, outrora ela é parte crucial do trabalho que está nascendo”. Quando tinha 15 anos, Paulo usou um esparadrapo para cobrir uma espinha que nasceu em seu rosto, embaixo do olho esquerdo. Depois disso, ele percebeu que o “adereço” combinava consigo mesmo e o aplicou desde então, fazendo parte de sua personalidade.

No projeto “Ensaio sobre Gardênias” (foto acima), Paulo retrata mulheres gordinhas, e brinca com o contraste entre o peso das mulheres e a leveza de seus cabelos: “Apesar de acreditar que a ação na busca da modelo – entrando nessa realidade com uma outra proposta – seja a parte mais forte da produção, configurando um trabalho bem mais intenso, o resultado estético também deve ser coerente. Essa relação de leveza na música, deveria ser algo presente no resultado final dos meus desenhos. O corpo deveria ser respeitado por suas diferentes formas e projetado como símbolo de suavidade. Esteticamente, as linhas que preenchem e definem a forma dos cabelos, ajudam na construção de uma imagem mais delicada”.

Foto: Reprodução/ Instagram 78de3cfea48911e385d60a1aa2973036_5 0308e74a9e6c11e3bf60122558be4625_5 639e81049e7c11e381f0122ef83043a2_5
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Foto: Reprodução/ InstagramJá a construção da sua identidade – como ele mesmo chama – por causa do esparadrapo no rosto, o fez criar o projeto “Onipresença“. Através do Instagram, ele convidou os seus seguidores para tirar uma foto com um curativo embaixo dos olhos, utilizando a hashtag #onipresencapauloamaro. As participações voluntárias foram várias: “Eu uso esparadrapo há quase 10 anos, estudei artes e venho desenvolvendo uma pesquisa sobre construção de identidade. Esse trabalho é defendido como autorretrato, mesmo feito com o rosto de outras pessoas”, explica Amaro (foto à esquerda) no comentário de sua foto, no Instagram.

Para participar também, o usuário precisa tirar uma foto nas mesmas condições que as que você viu acima, sem camiseta e com um esparadrapo no mesmo comprimento do olho esquerdo, mencionando a hashtag #onipresencapauloamaro, e postando no Instagram. Os participantes ainda podem concorrer a uma pintura feita por Paulo Amaro, que faz parte da série “Seres Estranhos”. A pintura intitulada “nós de nós” tem 70 x 100cm e a técnica utilizada é acrílica s/ tela. O resultado do sorteio será divulgado dia 07/05/2014, no perfil de Amaro, no Instagram. Confira outras informações, clicando aqui.

20 comentários sobre “Paulo Amaro constrói sua personalidade com esparadrapos, no Instagram

  1. atualmente qualquer merda pega! vira moda! quao alienadas e vãs estão as pessoas.
    sem rumo, sem um objetivo ao certo.
    Entendo o lado do artista, tem que ganhar mesmo em cima da medíocridade humana .
    parabéns ´pelo trabalho.

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  2. Arte ?! Arte pra mim era davi e o teto da capela sistina de michelangelo ,monalisa de da vinci ,agora isso ai arte ? Colocar uma fitinha de esparadrapo na cara é arte ?! Tem dó nem meu querido . E olha a blasfêmia que esse cidadão me solta . Onipresença ???? Cara ,pede perdão 1 milhão de vezes por isso. O ÚNICO QUE É ONIPRESENTE É JEOVÁ, JAH, IAHWEH ,DEUS TODO PODEROSO.

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    1. Ignácio, o ignorante. Isso é português? Isso é arte? Onipresença, isso é sacro? Sem conhecimento básico sobre qualquer assunto abordado, o mesmo deveria abster-se de emitir opinião.

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    2. Sim, você tem razão! Todas as obras e personalidades citadas por você fazem parte de um contexto artístico. Meus Parabéns!!!
      Agora me diga, você só estudou arte até o renascimento e depois parou?
      Entendo que tenha trocado os livros de história da arte pela bíblia, são escolhas e eu as respeito.
      Obrigado!

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  3. Aos idiotas, ignorantes, “viados” e inventores da roda.
    A meu ver, o texto publicado não contempla o raciocínio do autor na concepção do projeto e a insipiência de alguns não contempla a pesquisa, junção que estimula comentários tão estúpidos. Parabéns ao autor do #onipresença, por contribuir com aqueles que buscam compreender a complexidade da vida pós-moderna através do estudo da formação de identidade pessoal, por meio de elementos simbólicos, do corpo, da cidade, dos signos, do consumo, das MARCAS. Onipresença de um modo transcende a mecânica de “foto com um curativo embaixo dos olhos”.

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  4. Creio que quando se conhece a história verdadeira do artista e da relação que ele tem com o esparadrapo, fica mais claro e torna-se mais fácil entender o seu trabalho e porque não suas inspirações por trás de seus trabalhos. Independentemente do projeto ser inspirado em alguma coisa já existente ou ser original. Acho que exatamente por esse motivo que o artista contou somente com a ajuda e colaboração dos SEUS seguidores no Instagram. Por tratar de pessoas que já o conhecem e sabem o foco do projeto.

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  5. Não entendo o que pode ser tão difícil de entender… E ao contrário, não vejo nem de longe as interpretações e juízos maldosos que alguns tiveram. “Coisa de viado”, “americanização” e alguns discursivas típicos da retórica da contestação de quem nada mais tem a dizer. SERES ESTRANHOS, os que com tanta perspicácia julgam entender o espírito de um artista e a simplificam em um comentário tosco, cárcere de sua própria ignorância e inflexibilidade. Daria uma bela pintura!

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    1. Oi Khalil, tudo bem?
      É possível encontrar diversos textos, matérias e publicações que sejam mais idiotas que esta, mas o conceito de idiota pode variar, não é? Talvez o projeto seja idiota, talvez eu seja mais idiota que meu estudo ao preterir tempo replicando sua pobre argumentação teórica. Talvez idiota seja o pensamento sobre a relação de idade com a falta de compreensão, pois minha avó com 90 anos consegue entender os fundamentos e a linguagem do trabalho. Incrível, não é?!

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    1. Jura?!? Nelly também pesquisava sobre o processo de formação e construção de identidade pessoal? Porque essa é a abordagem da minha pesquisa.
      Obrigado pela dica Tatiane, vou pesquisar mais sobre, pode agregar bastante ao trabalho. Ah, lembre-se também de informar à Amy Winehouse que Brigitte Bardot já usava o Beehive, avise ao Salvador Dali que aquele bigode era do Diego Velázquez, Avise ao Andy Warhol que tem muita gente com o cabelo branco andando pelas ruas… AHAHAHA
      Obrigado Duchamp pela bênção do ready-made!

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  6. Não entendi nada eu devo ser um ignorante, vou ali olhar um quadrado vermelho em uma parede adimirá-lo por representar toda a complexidade da vida pós moderna.

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    1. “Aos idiotas, ignorantes, “viados” e inventores da roda.
      A meu ver, o texto publicado não contempla o raciocínio do autor na concepção do projeto e a insipiência de alguns não contempla a pesquisa, junção que estimula comentários tão estúpidos. Parabéns ao autor do #onipresença, por contribuir com aqueles que buscam compreender a complexidade da vida pós-moderna através do estudo da formação de identidade pessoal, por meio de elementos simbólicos, do corpo, da cidade, dos signos, do consumo, das MARCAS. Onipresença de um modo transcende a mecânica de “foto com um curativo embaixo dos olhos”.”
      – Henrique Macedo –

      Sem mais!!

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  7. Eu lembro que na minha infância, quando eu via aqueles desenhos americanizados, tinha sempre um personagem com esse esparadrapo no rosto. Era sempre o bully do desenho, ou o repetente. Não que eu queira criticar a ideia do cara, mas não é original e já tem uma conotação antiga de badboy, de certa forma.

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