Henrique Lima e o projeto “Mestre Fungo”, que mostra a psicodelia brasileira

Por Raphael Ezonne
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Muitos projetos. É assim que podemos descrever o “currículo” do artista Henrique Lima, mais conhecido pelo alias “Mestre Fungo” por causa de um trabalho. Tido como o “filho da psicodelia brasileira”, MSTRFNG (assim chamado em seu site), conta que não sabe como pode se descrever, mas que pode apostar que é uma bola de pele transpirando em frente à um computador.

Ele falou com o Cherryouth e mostrou um pouco do projeto “Mestre Fungo” entre outros diversos que já criou. Rostos deformados, incoerência em relação ao mundo real e  fumaça, muita fumaça. Essa inspiração é repetida uma e outra vez, como em uma espiral sem dimensão, que se baseia em cores vivas e fortes. O que o cara faz é usar e abusar das listras em imagens de pessoas que ficam estáticas, mas que estão em um GIF animado, com toda a textura e pintura a dançar pelos seus corpos.

Conheça os projetos do ilustrador Henrique Lima

Quando ele ouve a palavra “talento”, ele estranha e nem sabe se acredita nisso: “Sei lá desse lance de talento, acho que é mais decidir que vai levar a sério e sair produzindo”, conta.

“Eles [a família] apoiam, mas também ganham um monte de coisa grátis, e seria meio chato se falassem na minha cara que não gostam. Teria que pelo menos dar uma disfarçada”, diz Henrique, quando perguntado se amigos e família apoiam os seus projetos.

Suas maiores inspirações são coisas comuns que nós mesmos temos contato com muita frequência: música, videogame, filme, arte, amigos, animais, cerveja. O tédio também é um tipo de incentivo, mas principalmente o que o motiva a desenhar em momentos de ócio.

Em uma sociedade como a nossa, acostumados com a nossa cultura e com os trabalhos de ilustradores brasileiros que sempre mostramos, a psicodelia é algo que destoa de tudo que já vimos. Mas além de destoar, ela hipnotiza.